MAPA CRONOLÓGICO DO DESENVOLVIMENTO MUSICAL INFANTIL
imagem:mulher.uol.com. br
Conhecer a capacidade da criança em relação a música ajudará a escolher o estímulo certo para cada
fase do desenvolvimento.
Mapa cronológico das idades pós-natais (entre os 4 meses e os 12 anos de idade)
com ligações diretas ao mundo sonoro-musical e expressivo:
4 MESES
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Imita o canto, mesmo que não atenda à altura ou aos tempos dos sons (Teplov 1969).
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Consegue cantarolar sons únicos: como u-u-u-u-u, e-e-e-e, i-i-i-i, o-o-o-o, etc.
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Respondem à música com movimentos repetitivos (balanceamentos corporais ou agitação de membros), não correspondendo propriamente à música, pois tratam-se única e simplesmente de ritmos próprios. Estes movimentos não estão ligados à música no essencial, mas sim no facto de eles começarem e acabarem, quando a música começa e quando ela acaba (Moog 1979).
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As crianças nesta idade (4 a 6 meses) já conseguem nem que tenuemente distinguir ou detectar as diferenças entre um tom em algumas frases melódicas apresentadas.
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6 MESES
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Fase me que já começam a entender os sons e a produzi-los, se bem que não são ainda capazes de conseguir estabelecer uma relação de altura exacta de uma nota (Teplov (1969).
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9 MESES
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Associa o canto ou a expressão vocal a tudo o que faz.
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Aparecem as primeiras expressões rítmico-musicias.
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Ainda não é capaz que distinguir mais do que uma terceira menor.
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Começa a acompanhar canções associadas aos batimentos corporais (bater pés, mãos, pernas, palmas etc.
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1 ANO
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Consegue imitar sons de animais, transportes, pessoas e outros (Teplov 1969).
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Atreve-se normalmente a acompanhar ritmos com o corpo, assim como reage corporalmente à música que lhe aparece (Teplov, 1969; e Gesell, 1940).
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Procura uma ligação bem estabelecida (sincronização) entre os sons e o movimento corporal (Francis 1956). Os ritmos mais fáceis de acompanhar são as canções de embalar (Francis 1956).
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Pode a criança, nesta fase, cantar um pouco da canção, mesmo sem a perceber (Francis 1956).
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Consegue ampliar o tempo, o tom e a intensidade da voz, assim como presta atenção a certos sons, como relógios, campainhas, despertadores etc. (Francis 1956)
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2 ANOS
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Com prazer imita sons de instrumentos e com facilidade vários sons do cotidiano (Francis 1956).
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Reage abundantemente com reações rítmico-corporais, assim como adora o ritmo pois estimula-a a cantar e reconhece algumas melodias (Francis 1956).
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Têm desempenhos significativos em termos de execução instrumentos rítmicos (Francis 1956).
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3 ANOS
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É capaz de criar uma imagem mental dos sons dados por um instrumento, assim como consegue agrupar elementos sonoros idênticos (Zenatti 1969).
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É detentora de um elevado desenvolvimento do senso rítmico e do ouvido melódico (Teplov 1969).
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Consegue captar e praticá-la, se bem que canta nos graves e grita nos agudos (Souriau 1962).
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Mesmo fora de tom consegue cantar por inteiro canções simples, assim como começa a coincidir tons simples, para além de já não se inibe tanto quando canta m grupo e, salta, caminha. Corre e pula em conformidade com a música e o seu ritmo (Gesell 1940).
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A sua capacidade torácica ainda não lhe permite cantar grandes frases musicais, sem que tenham que tenha que recorrer à respiração intermédia (Abbadie 1977).
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Acompanha espontaneamente uma música, batendo regularmente uma cadência, ou acompanhando com o bater de um lápis na mesa, ou ainda, marchando na sal de aula. Consegue também reproduzir estruturas rítmicas simples com mais de três elementos (Fraisse 1972).
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Conseguem ecoar vocalmente o ritmo em palavras, assim como bater palmas representando fielmente o ritmo padrão depois da sua vocalização etc (Rainbow 1981).
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43% das crianças demonstram compreender o conceito de escala, enquanto que 36 % demonstram antes compreender melhor o contexto melódico (Scott 1979).
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4 ANOS
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A criança ainda não tem uma noção consciente da simultaneidade sonora. Assim como, ainda confunde a intensidade com velocidade, mas já consegue distinguir o mais lento do mais rápido e, apenas faz um acompanhamento intuitivo, ou seja, em perceber conscientemente os tempos nem os reproduzir intelectualmente (Piaget 1975).
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Adora explorar o universo sonoro e, já consegue cantar canções comuns, assim como identifica melodias simples e de as dramatizar. Começa a ter um maior controlo da sua voz e tem prazer em participar jogos cantados, se bem que simples (Gesell 1940).
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Começa a gostar de cantar para os outros, ao mesmo tempo que aumento o seu repertório, assim como já reconhece todos os sons de uma oitava e, muitas das vezes já canta já dentro do tom (Teplov 1969).
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Possui capacidades para que possa já praticar o canto coral monódico. A sua voz já alcança mais notas do que até aqui e, simplesmente ama a música. Uma vez que já possui uma sensibilidade musical bem formada, poderá desta feita, reconhecer e imitar canções com alguma facilidade (Abbadie, 1977; Souriau, 1962).
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Se a música for vivenciada e praticada activamente, ou seja, cantada em uníssono, acompanhada por palmas ou com instrumentos rítmicos, as capacidades de reconhecimento da mesma num contexto musical diferente, são bem mais facilitadores a esta tarefa (Pflederer 1964).
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5 ANOS
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Consegue reconhecer o Dó no meio dos restantes sons musicais, assim como notas executadas no piano (Teplov 1969).
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Consegue cantar a duas vozes e já é dona de uma sensibilidade musical própria (Souriau 1962).
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Gosta de ter um repertório extenso. Já consegue cantar dentro de tom. Está em condições de sincronizar correctamente movimentos, dançar e executar batimentos corporais em conformidade com a música e o ritmo que lhe são expostos (Gesell 1946).
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Com instrumentos rítmicos e melódicos para efectuarem experiências a nível de composição, as crianças de 5 anos de idade conseguiram executar sequências diatónicas e tonalidades cromáticas nos xilofones (compreendendo os conceitos de escala), enquanto que os de 4 anos de idade tocavam sons ao acaso (Miller 1986).
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6 ANOS
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Consegue coordenar o tempo, para que o possa relacionar nas devidas proporções com outros sons e outras unidades de tempo (Piaget 1975).
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É capaz de manter frases longas de algumas canções, sem usar a respiração intermédia - devido à sua capacidade torácica (Abbadie 1977).
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É capaz de reproduzir e identificar melodias consideradas como simples (Gesell 1946).
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É possuidor de uma capacidade de apreensão de um ritmo de 5 a 6 sons (Fraisse 1962).
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É possuidor de um alto nível de percepção rítmica. Descrimina com alguma facilidade os sons em termos temporais. Tem relativa dificuldade em comparar elementos melódicos e harmónicos que se sucedam no tempo (Zenatti 1969).
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7 ANOS
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Já coordena sons simultâneos e sincronizar durações (Piaget 1975).
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Interessa-se pelas aulas de música e gosta de instrumentos de percussão (Gesell 1946).
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Já é capaz de cantar temas com frases longas (Abbadie 1977).
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É capaz de reconhecer um simples esquema de tonalidade, assim como demonstra já capacidades de percepção claras sobre a obra polifónica - melhor nos graves (Zenatti 1969).
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Começa a despertar para uma atitude de imaginação musical importante, gostando de interpretar em termos visuais e dramáticos as obras musicais que vai entendendo (Francès 1956).
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Consegue sem dificuldade seguir os batimentos do metrónomo (Fraisse 1962).
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8 ANOS
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Tem prazer em tocar em duo, assim como fazer criações musicais e principalmente de ter assistência enquanto executa musicalmente algo (Gesell 1946).
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É capaz de associar com facilidade durações (Piaget 1975).
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Adquire uma noção individual de tempo (Fraisse 1967).
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Está capaz de se aperceber melhor dos significados das variações de modo e das variações de tonalidade (Zenatti 1969).
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9 ANOS
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Adora ter o seu próprio instrumento. Está dedicado à prática musical, onde executa com prazer várioslegatos e staccatos, assim como se interessa cada vez mais por compositores e pela música convencional (Gesell 1946).
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Com facilidade domina as variações de tempo, assim como explora a música polifónica com mais precisão e tem agora uma maior percepção melódica. Identifica e discrimina imediatamente uma mudança no sistema tonal ou de uma mudança melódica (Zenatti 1969).
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10 ANOS
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Torna-se muito mais sensível à melodia e à multiplicidade das estruturas da mensagem musical, mas ao mesmo tempo torna-se mais inseguro no seu comportamento musical e é relutante nas respostas, se bem que estas estão agora mais controladas (Fraisse 1967).
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Progride a olhos vistos, no que diz respeito à discriminação perceptiva das variações de tonalidade. Assim como melhora a percepção dos graves, agudos e do tema na polifonia (Zenatti1969). Já estabelece uma perfeita distinção entre cadência e meia cadência (Imberty 1989).
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12 ANOS
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Nesta fase consegue reproduzir estruturas rítmicas de 7 a 8 elementos (Fraisse 1967).
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Fonte: http://www.filomusica.com
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